10 setembro 2011

INVERNO DE 68

Dos teus olhos de ressaca
Me ficaram as gratas lembranças
Das tardes em que fomos
Felizes para sempre e

Dos segundos infinitos de calmaria,
Assim como os planos de velhice a dois
Em contos infantis
Com sonhos puramente alcançáveis.

Nas milhares de páginas
Que escrevi depois de acordado
Ficaram as doces marcas

E nelas resolvi não tocar
Para que o calor daquele inverno
Voltasse, às vezes, a aquecer minh'alma.

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