22 fevereiro 2012

JOGO

eis que ela me mira
com aquele olhar baixo, direto
e eu vago, vago, vago...
perco a compostura.

deixo o conforto do meu eixo,
penso no próximo passo,
e minto para mim que ainda tenho
o controle da situação.

ela? não...

ela corre, desliza, instiga
e provoca o desafio.

saio da minha zona de equilíbrio,
luto, brigo e, ao fim,
entrego as peças do jogo...

então, convencida, ela vence
sem que, sinceramente,
eu tenha perdido.

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