30 março 2012

CRÔNICA DA INSUFICIÊNCIA

“Preciso escrever e não consigo.
Você pode sair um pouco de minha mente?”


Naquela madrugada essas foram as duas únicas frases que consegui escrever. Entretanto, elas encheram a página, transbordaram no ambiente e deixaram a imagem dela ainda mais impregnada nas paredes da casa. Parecia sentir seu cheiro. Poderia jurar. A máquina de escrever era a companheira de noites febris invadidas pela melancolia, insuficiência e doses de conhaque.

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