03 novembro 2008

DA BELEZA DA INCERTEZA

Sou incapaz de decifrar seus passos
Ela me intriga, me instiga
Caminha no paralelo entre a razão e a emoção.
Sorri com o laranja que se abre no céu
[Entre nuvens pálidas]
Após um dia alucinógeno de calmaria.
O início do fogo de fim de tarde
Contrasta com seus olhos verdes, prófugos.
Porém, não me entrego ao vício.
Busco diversão em outras peles
Em outras cores, outras gotas de suor.
Pouco adianta.
Abro meus olhos castanhos
E minha retina procura o novo da sua
Quer seguir os movimentos improváveis de seu corpo 

Andar na linha tênue da incerteza
À procura de aventura instável
De leituras clichês em início de madrugada
Com cheiro de café quente
E divagações em silêncio.
Minha mente ferve, viajo, nada encontro.

Lá fora faz uma noite úmida e quente
E o vento que entra pela janela
Ameniza minha febre.
Sento na cama e acendo outro cigarro.
Vejo a cinza deslizar delicadamente pelo ar
Antes de xingar o chão.

Aparecerá novamente esta noite?

2 comentários:

Canceriano sem Lar disse...

porra, velho... tá massa mesmo este texto, nem parece seu...

Melissa Resch disse...

nossa...é seu sim!
aliás, muito seu!
arrepiei...
que multiesplendorismo é esse guri?
tô perplexa, que delícia de escrito!