28 junho 2010

BOA SORTE

E, quando abri os braços para deixá-la ir, percebi que, de alguma forma, continuaria ali por algum tempo. Era impossível me livrar do vício, assim, de um instante para o outro. Virei as costas, quis evitar seus olhos. Mesmo em fuga, ela ainda queria um último adeus, o calor de mais um abraço. Não cedi. Ela se foi. Ficou apenas o gosto amargo e a vontade tardia de transformação.

2 comentários:

fabita . disse...

por que fugir?
por que não ceder?
por que deixar partir?

tão tristes as vontades tardias. é uma pena que elas, as vontades, nem sempre reconheçam seu tempo de existir e que desejos de "boa sorte" não sejam suficientes para quem ouve.

Adriano Piekas disse...

'tão tristes as vontades tardias'. adorei essa frase, Fabi. ainda escrevo algo com isso, se me permites!